quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sussurro 3


Nossas maiores virtudes estabelecem um elo indissociável com nossas maiores fraquezas.

Sussurro 2


O mundo tem várias matizes. Cabe a nós a escolha de usar tons claros ou escuros pra dar vida a nossa história.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sussurro 1


Às vezes me sinto amorfo... Mas não considero isso algo necessariamente ruim! :)

Voar, voar, subir, subir...


Aiai, pois então, eu gostaria muito de ter o que falar – até agendei uma atualização pra hoje – mas fui acometido de um lag mental noturno que tá me matando, e acho que tô bloqueado pra criar algo. Fiquei até com vontade de copiar e colar algo de interessante que eu vi em outro lugar; mas antes gostaria de me esforçar ao máximo pra escrever coisas de cunho aleatório, como essas que eu estou escrevendo agora, pra ver se assim, eu tenho a sorte de ser iluminado por uma inspiração divina, ou algo parecido... Ah! Já sei, vou postar um semi-remake de um texto meio antigo, que escrevi pra tentar mostrar:

  • As similitudes entre a vida e um jogo de video-game;
  • O caminho da felicidade... Pretensioso não? Hehehe, bem, pelo menos é o caminho que eu sigo, e até que tem dado certo, quando sou realmente fiel a ele.
Segue o texto:

Hoje estava analisando as semelhanças que existem entre nossa vida e um jogo de RPG (principalmente rpg para plataformas computacionais mas poderia ser de qualquer tipo,eu acho...na verdade podemos chegar a essas conclusões até mesmo se analisarmos algumas
séries de TV e filmes :). Eu percebi que uma boa parte dos jogos nos fazem experimentar, de maneira quase gratuita, um vislumbre daquilo que mais gostaríamos de experimentar no "mundo real".

Vou TENTAR transformar em palavras as hipóteses que me fizeram chegar a essa conclusão: Em grande parte dos jogos, principalmente nos RPGs, o personagem principal que no caso será "incorporado" pelo jogador, de início é um cara que possui uma vida que pode variar, dependendo do jogo, entre o nível "avacalhado", ou seja, de uma pessoa que todo mundo acha abaixo dos padrões comportamentais ou intelectuais, e o nível "cara normal", que possui família normal, amigos normais, ou quase normais...enfim, uma vida sem muitas oscilações. Mas o que realmente faz com que nos envolvamos com a estória é a existência de um ou mais propósitos idealistas de natureza forte e pura (no sentido de verdadeiro) dentro do(s) protagonista(s) . Esses propósitos podem já existir de forma latente desde o início da trama, ou surgir depois de algum tempo no decorrer da estória através de eventos que vão sendo desencadeados no universo do jogo.

O que um jogo nos passa, e o que é responsável por gerar uma certa satisfação emocional, pode ser resumido em duas coisas que são bem interconectadas: ele nos passa a sensação de se ter determinados objetivos – ou seja, ele produz em nós um "objetivo artificial" – e no decorrer da jornada, ele nos faz sentir boa parte das emoções desencadeadas a partir das lutas pela realização destes anseios.

Se você abrir as portas da sua imaginação para esse universo paralelo, em pouco tempo você será um com o jogo, e os objetivos e anseios dos personagens serão um com você.

Enquanto você não desistir de jogar, poderá ter a certeza absoluta de que vai terminar o jogo. E se você se permitir seguir em frente, de peito aberto, suas habilidades vão aumentar mais e mais, e, com o passar do tempo, você será capaz de enfrentar e derrotar inimigos cada vez mais poderosos. Hehehe... Isso me fez lembrar uma frase de Wild Arms 4 que diz: "Enquanto você permanecer correndo a toda velocidade, você se tornará cada vez mais forte. Hoje mais do que ontem e amanhã muito mais do que hoje". Acho que o combústível para toda essa persistência é justamente o conjunto de ideais e sonhos, que vêm a se tornar um com o indivíduo que os estabelece.

Acho que o que mais gostamos de experimentar, como seres de ação, são sensações provocadas pela execução de qualquer ato que nos faça perceber a vida como uma grande aventura. Essa aventura pode ter seus momentos de altos e baixos, e, quando falharmos em alguns momentos ao tentar executar algo, provavelmente iremos ficar com o espírito abalado por alguns instantes, principalmente se estamos dando nossos primeiros passos em um território desconhecido, porém, nossos ideais e nossos sonhos, têm o potencial de nos restabelecer, de nos por de pé, sempre e sempre, por mais impossível que pareça a concretização do que queremos, para isso basta que nos agarremos na essência do que buscamos e não desistamos – Entendo por desistência, nesse caso, como sendo a diminuição da relevância ou freqüência com que um pensamento relacionado a um ideal ou sonho "circula" nossa mente.

Enfim, o final de um jogo (ou de uma vida) pode variar, podendo ser bom, ou não tão bom, talvez os protagonistas consigam obter sucesso através de você em suas empreitadas ou não, mas, se tudo o que ocorreu durante as várias horas do jogo, até antes do final, foi realmente bem elaborado, e se você se deixou envolver de corpo e alma pelo universo que lhe foi apresentado, e correu atrás do que acreditou, isso fará com que o que realmente importe sejam as aventuras vividas durante as várias horas da jornada. Assim também é a vida! Se você a viver com intensidade, não importa quantos anos você viva, ou quantos sonhos você realize. Pois o que importará de verdade é o brilho de amor, felicidade, paixão e determinação que seu espírito irradiará por onde passar.

Portanto, se temos um sonho, não devemos nem sequer hesitar em iniciar uma jornada que busque realizá-lo, pois caminhar na estrada da realização, é caminhar na estrada da felicidade, e isso melhora de maneira indescritível a forma como percebemos a vida. Lute por seus ideais e se prepare pra rir, pra lutar, pra chorar, pra soltar gritos de fúria e êxtase, enfim...se emocionar…e realmente viver na plena definição de existir.

É isso...
Samuel,
over and out!

domingo, 4 de julho de 2010

Alta Tensão


Semana passada, depois de um período de espera que durou quase um mês, finalmente eu pude colocar as mãos no meu mais novo instrumento musical! Um violino! Depois de eu haver estudado um pouquinho de teoria musical, finalmente chegara o momento de eu manusear o meu tão esperado quase-pokémon. No momento em que botei os olhos no case fechado, fiquei inquieto, ansioso, doido pra tocar uma coisa qualquer no meu novo instrumento! Mesmo sem saber...! Huhuhuhuh... :)

Quando começo a abrir o case, meus olhos começam a brilhar, como que sob a influência das emoções de uma mulher recém-parida na expectativa de recepcionar ao mundo seu mais novo rebento. Uma lágrima quis rolar pela minha face, mas disse pra ela que era melhor não.

Para a minha frustração, quando boto os olhos no bichinho, começo a perceber que não vou poder sair atritando de maneira fremente e enlouquecida suas cordas com o arco confeccionado a partir da mais bela crina de cavalo que eu já pude presenciar! Eu não poderia fazer isso pelo menos por enquanto. Foi o que eu pensei...

De cara, percebi que faltava colocar o cavalete (a figura abaixo mostra o nome das partes de um violino, o arco está do lado esquerdo), e depois também acabei constatando, de maneira pouco ortodoxa, que o instrumento não estava afinado...

..."Mas ora!", pensei, "Dá pra resolver isso rapidinho! É só afinar a bagaça! Acho que eu posso fazer isso...mesmo jamais tendo feito nem ao menos coisa parecida antes com um violino, ou com qualquer outro instrumento musical... Hmm, QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA! EU FAREI COM QUE ESSAS BELAS MADEIXAS CAVALARES HONREM SEU ANTIGO DONO E GANHEM VIDA NAS CORDAS DO MEU SUPER INSTRUMENTO MÍSTICO! EU VOU DAR UM JEITO NISSO E É AGORA!!"

Com a ajuda de uma irmã, e do onisciente Google, em pouco tempo acabei encontrando uma forma rápida e prática de colocar o cavalete no lugar certo.

Pronto, pensei, agora é só tocar! Peguei o arco tal qual um Harry Potter pegando sua vara cabalística. Depois tencionei os fios da crina, e passei-o suavemente pelas cordas do instrumento... extasiado de emoção! Mas não saiu som algum! "Ah", exclamei, "deve estar faltando passar o tal do breu"!

O breu é uma coisa bizarra, similar ao âmbar, que é passado no arco pra alterar o coeficiente de atrito quando ele for posto em contato com as cordas...


Depois de uns 20 segundos de fricção-arco-breu-fricção-arco-breu, achei que estava tudo ok, e tentei tirar algum som... Mas como antes, não saiu NADA! Ou praticamente nada...

Mais ansioso e nervoso do que a princípio, percebi que eu estava transmutando de estado, ou digivolvendo, PARA:

Burro Acéfalo.

Com o resto de consciência sã que me restava, percebi que eu iria acabar fazendo merda. :P

Sem ser capaz de elaborar quaisquer estratégias e desprovido de todas as capacidades mentais de um Homo sapiens, larguei o arco, tasquei a mão no braço do violino e comecei a girar cravelhas e parafusos do afinador, num misto de loucura, obstinação e desepero!!! Até que...


A CORDA SE ROMPEU!!! O estalido mórbido me trouxe de volta a minha forma humana. Então senti como se tivesse perdido parte de algum membro importante. Ou, sabe quando a gente fura o dedo ou o pé em um caco de vidro e dá aquele impacto na nossa percepção? Pois é, foi mais ou menos isso que eu experimentei... As habilidades pré-cognitivas da minha consciência esvanecendo-se estavam certas! Merda! :(

Hahahaha...huhuhu...haha...ha! =/ Pois é! Bem, eu já sou eu faz algum tempo, e observando em retrospecto meu comportamento louco em situações similares, cheguei à conclusão de que quando ajo dessa forma, estou acessando a fonte que é detentora tanto das minhas mais diáfanas alegrias, como das minhas mais satânicas desgraças! Eu ainda estou sem uma corda do violino, mas logo, logo vou adquirir novas! :)

Por enquanto, só me resta praticar mais e mais as técnicas de meditação transcendental, pra que um dia eu consiga controlar essas minhas maravilhosas digievoluções. Huhuhuhuh...

Inté!

Samuel,
over and OUT!

sábado, 3 de julho de 2010

Os 3 Estigmas de Palmer Eldritch



Bem, por onde começar?... Há duas semanas tive o prazer de ler um livro de ficção científica muito muito bom escrito por Philip K. Dick: Os 3 Estigmas de Palmer Eldritch.

A história se passa em um futuro onde o efeito estufa no nosso planeta atingiu proporções de dano muito grandes e irreversíveis ao ecossistema. O desenvolvimento da vida como nós conhecemos atualmente não pode ser mantido de maneira natural nessa Terra do futuro. Fauna e flora foram quase completamente destruídos...

Por ironia do destino, ou não, a espécie causadora de todos esses problemas continua encontrando formas de se manter viva no meio de todo esse inferno. Sistemas de refrigeração superpotentes são usados pra tentar normalizar a temperatura no interior de edifícios e dutos nas cidades. E trajes com sistema de arrefecimento acoplado são usados pela maioria dos humanos que se arriscam a enfrentar o calor escaldante "de frente" por algum tempo.




Prevendo que a situação na Terra só iria piorar, cientistas desenvolvem maneiras não muito seguras, não muito estéticamente viáveis e ainda
por cima bastante custosas, de se forçar uma evolução na espécie Homo sapiens numa tentativa de criar uma raça capaz de sobreviver nas atuais condições do planeta (o resultado FINAL dessa evolução acho que é SIMILAR ao que a foto mostra). Enquanto isso, a ONU define uma estratégia de colonização de outros planetas, como Marte, por exemplo. Pra isso ela decide deportar de forma obrigatória e permanente, cidadãos terráqueos, pra esses lugares. Estes terão como objetivo preparar o terreno alienígena, pra que futuramente a raça humana possa emigrar completamente.

Os que são mandados embora são escolhidos com base em critérios não muito bem definidos. Em tese, qualquer um poder ser expurgado da Terra. A vida desses expatriados - ou explanetados - não é nada boa. O solo de seus novos lares parece infértil e a atmosfera pouco lembra a atmosfera da terra natal desse povo. Enfim, a vida desse pessoal acabaria se limitando a tentativas infrutíferas de se plantar em solo infértil e em se fazer filhos TODO O TEMPO (huhuhu... :D). Aí que entram em cena AS MINIATURAS PERKY PAT E A DROGA CAN-D!



É com a inserção desses elementos na trama, que a monotonia dos expatriados diminui bastante, e que a narrativa ganha um corpo surreal, porém quase palpável, se usarmos bem a criatividade e a imaginação.

Nossa... Tentar explicar como esse sistema Miniaturas PP + Can-D funciona pode ser meio confuso... Vamos por partes: a Can-D é uma droga que de alguma forma dá a sensação de você estar fora do próprio corpo por alguns instantes. As miniaturas Perky Pat são versões miniaturizadas de objetos do nosso mundo real, como você pode ver pela foto acima.

Pois bem, se por acaso você, no chão da sua sala, construísse uma cidade de miniaturas Perky Pat e logo depois, sentasse em frente à sua coleção de miniaturas pra mascar um pouco de Can-D, você entraria em uma espécie de transe e seria transportado para o mundo das miniaturas por um breve período. Nesse mundo bizarro você viveria situações das mais variadas como se as experimentasse de verdade no planeta Terra, em uma espécie de Matrix. O mais bizarro é que se outra pessoa do mesmo sexo que você mascasse um pouco de Can-D ao seu lado enquanto você estivesse "conectado" ao outro universo, ela iria dividir o corpo que você usasse no mundo Perky Pat junto com você. E se outra pessoa do mesmo sexo fizesse a mesma coisa, ela também estaria dividindo um corpo com outras duas pessoas. Ou seja, seria como se dois ou mais espíritos habitassem momentaneamente um mesmo corpo. Brisante!!!


Um grande número de pessoas, principalmente de expatriados, passa a fazer uso com frequência desse sistema semi-alucinógeno. Eles fazem isso para fugir da realidade que lhes é imposta. A droga e as miniaturas são fornecidas por uma mesma empresa multimilionária e o acesso a ela é razoavelmente praticável. Os principais problemas com essa droga são: efeito de curta duração da "viagem astral", preço elevado e o fato de ela ser ilegal, hehe. Mas surge um novo traficante, com uma nova droga, com efeitos similares aos da Can-D. Só que essa droga é legalizada, e promete transformar um único segundo em uma eternidade... Aí que a coisa começa a pegar fogo de forma brisante e satânica!! PREPARE-SE PARA UMA EXPERIÊNCIA ONDE PSICODELISMO, NOÇÕES DE TEMPO E REALIDADE SE MISTURAM E SE PERDEM UM NO OUTRO!

Imaginar o universo bizarro e semi-factível descrito por Philip K. Dick fez parte de uma das experiências mais interessantes que eu tive em 2010. Me senti inspirado! Tanto que senti um antigo projeto meu ganhar um novo adendo super-importante! :)

Escrevi mais do que pretendia sobre uma só coisa... :P

Até outro dia! \o