quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Você já experimentou o prazer inefável que se sente quando nos dedicamos a cuidar com carinho da própria vida? Se não, faça um pouco disso agora mesmo e experimente! É uma sensação maravilhosa...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vã Utopia


Dá vigor aos meus passos a esperança talvez vã e utópica de poder ser aquecido pelo teu sorriso em cada amanhecer da minha vida. Ciúme de ti sentiria então nosso sol. Pois na realização dessa quimera, o astro rei te veria brilhar a meu lado cada vez que despontasse solitário no horizonte para protagonizar o papel de anfitrião do dia.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Nau Dos Insensatos


Agimos, todos, em maior ou menor grau, durante inúmeras circunstâncias da vida, como idiotas.

Não devemos nos condenar por isso, e nem devemos deixar de agir quando sentimos que devemos agir simplesmente por conta do medo de cometer outra idiotice.

O que deve ser evitado a todo o custo é o ato de encobrir de nós mesmos nossas próprias falhas. Pois é através delas que podemos, aos poucos, nos guiar rumo à sabedoria.

Ritual de Fusão


Desejo que o meu abraço não só envolva e aqueça teu corpo, mas que também aqueça e embale, em um mar de tranquilidade e afeição, teu espírito. E que o meu beijo não só acaricie teus lábios, mas que também acaricie e acalente o mais íntimo do que define a tua essência, selando assim, por um breve instante, a fusão da tua alma com a minha.

Am I Judging When I Say "Do Not Judge?"


Cada uma das ações que tomamos na vida são motivadas por tantos fatores... Devemos ter muita cautela, circunspecção e discernimento ao julgar a nós mesmos e aos outros.

E mesmo que todos os cuidados com relação ao julgar algo ou alguém sejam tomados, ainda me mantenho na posição de achar que a razão humana, subjetiva ou consensual, não é confiável para estabelecer veredictos irrefutáveis de quaisquer natureza que sejam.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Horizonte Perdido


Às vezes olho para o céu em busca de uma doce e vaga lembrança que talvez jamais tenha adentrado nos fugazes campos da existência.

Será possível sentir saudades de um horizonte nunca visto?

O coração deve conversar com as estrelas coisas que a razão humana é incapaz de compreender.

Ciclo da Dor







quinta-feira, 31 de março de 2011

Palavras Não Ditas... (Sussurro 6)

Palavras não ditas, mesmo as de afeto e de bom propósito, quando acumuladas, fermentam na alma. E o Vinho se transforma em Vinagre. Eis o Milagre da Degeneração.

Palavras não ditas, mesmo as que são oriundas diretamente do Dicionário das Víboras, deixam incólume a força motriz que nos faz querer proferi-las. E a Face se transforma em Máscara. Eis o Milagre da Hipocrisia.

domingo, 27 de março de 2011

Ler e Aprender...

Começo este post com a seguinte postulação (há-há... =/), obviamente não-confirmada, porém oriunda de um Insight Aparentemente Muito Profundo: Pode parecer irreal — principalmente se repararmos na magnitude colossal que nossos feitos de caráter muitas vezes duvidoso possuem —, mas a prática da leitura por nós humanos, inclusive aquela que é realizada por muitos daqueles que se consideram até que de certa forma "letrados" é uma das ações mais mal-executadas pelas espécimes atuais de Homo sapiens.

Mas relaxe, meu caro leitor de natureza e existência indeterminada. Estamos muito, muito longe da perfeição. Devemos nos cobrar um pouco de esforço que resulte em evolução, mas não devemos nos matar por causa disso... Pelo menos não na maioria dos casos... Enfim, o fato é que quase tudo o que fazemos de alguma forma chapinha merda pra algum canto do universo. E isso ocorre mesmo quando não nos damos conta disso. Pra falar a verdade, acho que a merda costuma se espalhar com um vigor e um alarde digno de sirene de polícia em boca de fumo, principalmente quando não nos damos conta desse "fato" (somos imperfeitos) e/ou quando achamos que tudo está "sob controle" ainda que haja lá no fundo mais profundo do nosso âmago um sentimento dizendo que alguma(s) coisa(s) está(ão) MEIO desequilibrada(s) nesse nosso interior perturbado... Enfim e por fim quero deixar claro que este post, assim como quase todos os meus posts anteriores e os prováveis subsequentes, não é uma crítica somente a minha realidade exterior. Ele é uma crítica também, e talvez principalmente, ao meu interior. Porque sim, todos fazemos parte dessa exuberante, inacabada e incompleta estirpe que viraliza toda a face da Terra e que ousou até plantar e içar bandeiras em localidades de outras partes do espaço sideral — ainda que, provavelmente, essa ação não venha a ter significado subjacente válido pra nenhuma outra espécie.

Acho que já tô quase fugindo do assunto. Um tema fica se ligando a outro. Sabem como é... Acho que sou meio hiperativo. Bem! Vamos ao que interessa: ao assunto que faz referência ao título do post.

Ler é uma coisa que aparentemente é extremamente simples, principalmente para as pessoas que já passaram pelo maternal e já tiveram exaustivas aulas com a tia Joaninha. Aquela Atena que nos ensinou incansavelmente a ligar uma letrinha com a outra pra formar sílabazinhas, uma palavrinha com a outra pra formar sentencinhas e assim por diante...ou quase. Enfim, ler é um processo que parece muito simples. Tão simples e monótono que chega até a nos entediar, não é? Pois é, talvez isso aconteça porque esqueceram de nos dizer que a leitura é parte integrante de um processo chamado APRENDIZADO que deve ser ligado a muitos outros processos de natureza até mais complexa pra gerar um fruto chamado CONHECIMENTO. O fruto do CONHECIMENTO é a SABEDORIA. Esse último fruto é o mais valioso da nossa hortinha. E pode demorar uma vida inteira pra amadurecer. Há casos e casos em que, infelizmente, por razões diversas, mas muito diversas mesmo, o coitado nem chega a ser cultivado.

O processo de aprendizagem, que envolve leitura, ao contrário do que possa parecer, é algo muito dinâmico. A leitura, nisso tudo, é só um meio de comunicação usado durante esse processo, mas é um meio que pode ser usado como uma ferramenta poderosíssima por seres como nós, que utilizam a linguagem falada e escrita como base de seu sistema de comunicação interpessoal, e não a telepatia, por exemplo. Precisamos aprender a ler e a escrever, se temos alguma intenção de externalizar nossas idéias e adquirir novas idéias.

A leitura, diferente das outras formas de comunicar informação existentes na nossa sociedade, requer da nossa mente um processo criativo constante que rode em paralelo com o processo da leitura. Ao ler, nós podemos, e até deveríamos, utilizar várias partes de nosso cérebro simultaneamente. Pois com o poder da nossa imaginação, somos capazes de dar vida ou no mínimo um colorido bem agradável a todas essas letrinhas e sinais que são captados pelos nossos olhos. A nossa mente é uma ferramenta fantástica. Principalmente quando aprendemos a usá-la e impedimos que sejamos usados por ela. Fazer isso é difícil, eu sei, ah se eu sei! =( Mas vamos tentar manter dentro de nós a Chama da Esperança acesa e a calma.

Se quisermos dar vida ou aplicar o tal colorido nessas informações, precisamos ser capazes de decodificar com precisão os dados adquiridos na leitura. Porque do contrário, a idéia transmitida pelo meio de comunicação vai ficar fragmentada, com falta de um sentido mais amplo ou até mesmo completamente sem sentido. Uma seção ou termo desconhecido em uma mensagem, vai definir um padrão de interferência nessa suposta mensagem e em todas as outras que venham a possuir o mesmo termo ou seção.

Um padrão de interferência gera um "ruído" no processo de criatividade. Consequentemente, não entenderemos uma enorme gama de mensagens de maneira cristalina. Se lermos um texto escrito numa língua desconhecida e que utiliza caracteres também desconhecidos, sentiremos muito bem na pele o exemplo extremo do que eu tô tentando passar com todo esse papo de interpretação. Isso tudo pode simplesmente desaparecer se você conseguir entender o que esse ruído significa. Ao fazer isso, a mensagem atual — e uma miríade de outras mensagens até a pouco tempo semi-alienígenas — vai se tornar acessível. O véu da ilusão e da confusão será suspenso em alguns milímetros, ou centímetros, ou sei lá o que, acho que varia. Mas enfim, isso não é incrível?! É quase como atualizar seu acervo de codecs de vídeo para rodar aquele filme que você insiste em ver, mas que se encontra em um formato de arquivo desconhecido. Irmão de espécie, caro ser com quem compartilho um complexo de DNA similar, o esforço empregado decodificando ruídos vale a pena! Compensa de verdade!

Gostaria muito que nós todos seguíssemos em frente de mãos dadas nessa empreitada de realização, de despertar para uma percepção mais vívida, nítida. Mas para isso, precisamos também ser humildes, o ego (Ah! O EGO!!) pode empacar, e muito, nossa evolução. Quantas e quantas vezes já nos retraímos diante do desconhecido por medo de parecer inferior? Quantos de nós é capaz de, enquanto pratica a leitura em meio a um grupo de outras pessoas, ter algo como um simples mini-dicionário de suporte em mãos...? Meus caros, vamos usar dicionários, vamos andar com dicionários debaixo do braço ao exemplo de cristãos que carregam suas Bíblias da mesma forma...!!

Parece exagerado não é mesmo?... Tá! Exagerei um pouco. Não precisa carregar debaixo do braço — a não ser que você faça questão —, mas quero chamar a atenção de vocês pra algo: se, quando saímos de casa, não pensamos nem duas vezes em levar conosco coisas tão supérfluas quanto um baton, um espelho, ou um adereço sem a mínima utilidade, por que deve ser considerado algo estranho e inadequado carregarmos conosco algo como um dicionário, que, ao meu ver, parece bem mais útil que um anel com uma caveira esculpida de forma estúpida ou algo do tipo.

Ah... Enfim... Quantas coisas deixaram e deixam de ser ditas porque nós mesmos insistimos em negligenciar ou extirpar de nosso ser a capacidade necessária para tal?

Ter conhecimento da nossa linguagem e do processo de aprendizagem a ela associado é algo extremamente vital para se fazer uso dos nossos métodos de aquisição de conhecimento atuais. O dia que inventarem o método do filme Matrix de aprendizagem, eu vou adorar. Todos vamos adorar! MAS AINDA NÃO INVENTARAM! Ninguém nasce sabendo as regras loucas que inventamos pra administrar e entender um pouquinho dessa realidade que insiste em escapar por entre nossos dedos.

Sabem, a princípio quis amaldiçoar o ser que criou a alcunha "Livro dos Burros" para coroar algo tão precioso pra essa espécie em desenvolvimento quanto um dicionário. Mas percebi que esse ser pode estar realmente certo. O limiar para as próximas de muitas etapas da nossa evolução está muito ligado a uma questão de assumirmos nossa ignorância diante de um universo que só não surpreende aqueles que insistem em se manter de olhos completamente fechados.

Samuel

sábado, 26 de março de 2011

E Continuamos a Ser



"Tenho tantas roupas
E gente passa frio.
Tenho tanta comida
E irmãos passam fome.
Tenho tanta saúde
E gente como eu adoece.
Vivo desejando requintes
Enquanto tantos desejam viver.
Olho, observo e critico o superficial
Tantos irmãos tentam sobreviver

Todo dia,
Toda hora, mais um pouco,
Quem sabe outrora?

O tempo passa e eu me pergunto:
Qual é a graça?
Desgraça.

Pensamos em coisas banais,
Fugimos da realidade,
Nos amedrontamos com a realidade.

Meu guarda-roupas está cheio
E tantos morrem de frio.
Meu bucho está cheio
E tantos morrem de fome
Tenho tanta saúde prá vender e vender
E irmãos morrendo doentes

Alimentar o egoísmo
Suprir a ilusão de um mundo perfeito
Travando-nos a capacidade de evoluir (que grande burrice)

E continuamos a ser...

A maior realidade é a pobreza,
A maior mentira é a riqueza!
Vendaram nossos olhos,
Sequestraram nossos filhos
E nossos sonhos,
Aprendemos a ser reis,
E uma única palavra: amém.
Conhecemos um só caminho,
O da auto destruição

E continuamos a ser..."

(O Casulo)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Pensando Bem...

Segue um outro texto interessante que eu encontrei meio que ao acaso pela internet:

O que diferencia os homens dos animais é o pensamento. O que diferencia os homens entre si é a qualidade desse pensamento. E, para melhorar essa qualidade, inventamos a educação, a psicologia, a literatura, a poesia.

Sim, temos essas ferramentas para melhorar nossa faculdade de pensar, mas, por outro lado, algo nos atrapalha: os excessos.As mídias variadas que disputam nosso interesse e as informações de múltiplas faces que esperam ser analisadas e absorvidas têm o poder de provocar o curto-circuito que quase nos transforma em paralíticos mentais, claudicantes nos pensamentos, vacilantes nas respostas e inseguros nas decisões.

Nessas horas de exageros, o certo é tirar o pé do acelerador mental, raspar o excesso e focar. Os cientistas chamam essa prática de “isolar e pinçar”. Isolamos o assunto que nos interessa e o pinçamos do meio poluído para que possamos vê-lo com mais clareza. A isso chamamos de pensar bem.

Quando, no meio de uma confusão, alguém semicerra os olhos, olha para baixo em um pequeno ângulo e diz “pensando bem...”, acredite, ele isolou o assunto que lhe interessa e se livrou dos excessos. Nesse momento, sua capacidade de análise aumentou consideravelmente e pode ser bom escutar o que ele tem a dizer.

Pensar é fácil, comum e rotineiro. Pensar é biológico. Agora, pensar bem exige consciência, serenidade, preparo. Pensar bem é mental. Todo mundo pensa, nem todos pensam bem. Pensar bem é vestir o escafandro do interesse e ir fundo em uma questão que até então era tratada superficialmente. E quando mergulhamos vemos outro mundo.

Mergulho na realidade

A metáfora do mergulho é apropriada. Lembro-me de quando me deixei engolir pelo mar, pela primeira vez, após freqüentar o curso de mergulho autônomo. Senti que estava entrando em um novo mundo, uma dimensão diferente, fascinante, com uma lógica própria e até então desconhecida para mim. Ao voltar para o barco, o instrutor quis conhecer meu sentimento, e eu lhe disse:“Quando vi aquele mundo lá embaixo, tive a impressão de ter estado com os olhos fechados até então”. Era o que eu estava sentindo, de verdade.

Pensar bem é parecido com isso. É abrir os olhos para uma realidade que não enxergávamos direito porque não olhávamos só para ela.Muitas vezes teimamos em tentar entender a vida transformando nossa atenção em um calidoscópio cujas peças formam imagens diferentes a cada instante. Não temos à nossa frente uma realidade, temos várias, e não sabemos qual escolher.Nessa hora, pense bem.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cérebro, Cérebro, Cérebro...!!


Não, eu não virei um zumbi; no entanto, apesar disso, esse estranho orgão, um objeto extremamente incrível, desperta muito a minha curiosidade. Portanto, não será nada estranho se forem encontrados por aqui alguns posts com temática de alguma forma enfocada nesse nosso amiguinho especial e essencial.

Abaixo eu vos transcrevo uma matéria, que encontrei em um outro blog, e que aborda um pouco, bem pouco, das características do famigerado orgão, como também oferece algumas dicas sobre como mantê-lo saudável.

O cérebro humano é uma estrutura complexa. As suas funções são muito diversas e delas dependem a nossa capacidade para andar, ver, ouvir, perceber, pensar, criar, aprender, sonhar, tomar decisões, sentir e tantas outras actividades fundamentais para a nossa sobrevivência e evolução da inteligência.

A amplitude das capacidades do sistema cérebro/mente é tal que, por exemplo, só no que diz respeito à detecção de cheiros o cérebro utiliza mais de 5 milhões de células receptoras distribuídas pelo nariz, as quais conseguem distinguir mais de 10 mil odores diferentes!

É um sistema que trabalha 24 horas sobre 24 horas e pode manter-se activo 100 ou mais anos. Para termos uma ideia do que estamos a falar bastam alguns números:
- o cérebro é constituído por cerca de 100 mil milhões de diferentes tipos de neurónios e 10 vezes mais neuroglias (células de suporte e assessoria aos neurónios);
- cada neurónio pode receber de até 100 000 outros neurónios;
- pode processar 126 informações por segundo, ou seja, 7560 por minuto;
- até aos 70 anos de vida é capaz de processar um total de 185 mil milhões de dados;
- a capacidade de retenção de informações na memória ao longo da vida pode chegar ao equivalente a 20 milhões de livros de 500 páginas (seria preciso uma prateleira de mil quilómetros de comprimento para os acondicionar).

O cérebro é um órgão cuja vitalidade pode manter-se por muitas décadas e estar apto para aprender assuntos novos mesmo em idades chamadas "avançadas". Por exemplo, o famoso escritor russo Leão Tolstoi aprendeu a andar de bicicleta aos 67 anos e a rainha Vitória, de Inglaterra, começou a aprender a língua do Hindustão aos 68.

Incansável, trabalhador e resistente a múltiplas fontes de desgaste e stress é natural que o sistema cérebro/mente exija um grande suporte energético. São necessários nutrientes de vários tipos e certas actividades para o manter vigoroso e fiel.

Para poderes atingir a chamada Potência Cerebral/Mental Óptimarecomendo:

1. Faz uma dieta com baixo teor de gordura (a gordura em excesso prejudica a circulação sanguínea no cérebro e produz radicais livres que desgastam prematuramente as células nervosas dificultando as funções cognitivas como a concentração, a memória e o raciocínio);

2. Alimenta-te de nutrientes vitais onde se destacam as vitaminas A (protege as membranas das células contra os radicais livres), B1,B6 e B12 (determinantes para a vitalidade dos neurónios), C (potente antioxidante que intervem na produção de inúmeros neurotransmissores, melhorando a função cognitiva) e a E (sendo um antioxidante protege as células do ataque dos radicais livres libertados pela alimentação), os minerais como o magnésio, o selénio e o zinco e os aminoácidos fenilalanina, glutamina, metionina, arginina e triptofano.

3. Aposta numa dieta com alguma restrição de calorias pois favorece a longevidade e a destreza mental, ou seja, não te empanturres de comida pois isso provoca obesidade.

4. Insiste numa dieta equilibrada onde estejam presentes todos os tipos de fibras, vegetais, frutas e proteínas não-animais juntamente com lacticínios desnatados e carne magra.

5. Toma suplementos vitamínicos aconselhados para crianças e jovens para compensar os desequilíbrios resultantes de refeições pobres e apressadas, sobretudo no Inverno e em épocas de maior exigência intelectual.

6. Respira bem através de uma postura correcta e de exercícios físicos tais como correr, caminhadas de pelo menos 30 minutos diários e desportos para manter a função cerebral activa, em especial os mecanismo implicados na memória.

7. Aprende a praticar neuróbica, ou seja, envolve-te em actividades regulares de activação dos sentidos, do pensamento, da criatividade e da inteligência para "muscular" o cérebro e revigorar a mente.

8. Ouve regularmente música neurológica, isto é, música instrumental ou coral cujo ritmo, andamento e harmonia atinja todos os níveis da consciência e do inconsciente a fim de repor o equilíbrio da energia psíquica (sugiro música New Age e outras como Chariots of Fire, de Vangelis, Symphony in C, de Bizet, Symphony Nº4, de Mahler, etc).

9. Aprende a entrar em "estado de fluxo", isto é, de profunda concentração e desfrute entregando-se a actividades prazerosas que lhe permitam perder a noção do tempo e do espaço.

10. Dorme o necessário para que o sistema cérebro/mente recupere da energia dispendida ao longo do dia e possa realizar determinadas funções de equilibração, nomeadamente a memória.

Fonte: não lembro... Depois posto aqui... :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...





Fragmento de “O Pequeno Príncipe”,
de Saint Exupery

(...)

E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:

- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.

A raposa pareceu intrigada:

- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.

Mas a raposa voltou à sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa nenhuma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa nenhuma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estaria inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.