sábado, 26 de março de 2011
E Continuamos a Ser
"Tenho tantas roupas
E gente passa frio.
Tenho tanta comida
E irmãos passam fome.
Tenho tanta saúde
E gente como eu adoece.
Vivo desejando requintes
Enquanto tantos desejam viver.
Olho, observo e critico o superficial
Tantos irmãos tentam sobreviver
Todo dia,
Toda hora, mais um pouco,
Quem sabe outrora?
O tempo passa e eu me pergunto:
Qual é a graça?
Desgraça.
Pensamos em coisas banais,
Fugimos da realidade,
Nos amedrontamos com a realidade.
Meu guarda-roupas está cheio
E tantos morrem de frio.
Meu bucho está cheio
E tantos morrem de fome
Tenho tanta saúde prá vender e vender
E irmãos morrendo doentes
Alimentar o egoísmo
Suprir a ilusão de um mundo perfeito
Travando-nos a capacidade de evoluir (que grande burrice)
E continuamos a ser...
A maior realidade é a pobreza,
A maior mentira é a riqueza!
Vendaram nossos olhos,
Sequestraram nossos filhos
E nossos sonhos,
Aprendemos a ser reis,
E uma única palavra: amém.
Conhecemos um só caminho,
O da auto destruição
E continuamos a ser..."
(O Casulo)
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